Mudança de cultura e de gestão

GRI: G4-13

Diante do cenário adverso e do primeiro resultado negativo nos últimos 12 anos em 2014, a Diretoria da Unimed-Rio implementou uma série de mudanças na gestão da cooperativa, a partir de uma análise profunda do quadro da empresa. O primeiro passo dado foi a reformulação do time de executivos da cooperativa, com objetivo de adaptar o perfil do grupo ao momento delicado que se desenhava. A partir daí, começou a ser construído um projeto de restruturação para a empresa, que foi implementado e começou a dar resultados gradativamente, a despeito de todo o contexto desfavorável.

No ambiente interno, as contas do ano fiscal de 2014 não foram aprovadas pelos sócios em assembleia. A não aprovação no evento de março de 2015, associada à rejeição do Plano de Recuperação apresentado pela cooperativa à ANS, resultou na instalação do Regime Especial de Acompanhamento da ANS na Unimed-Rio, também conhecido como Direção Fiscal.

Em paralelo a este fato, a nova gestão iniciou uma ampla análise nas práticas gerenciais e contábeis da cooperativa e identificou uma série de correções técnicas a serem realizadas, de forma a realocar os custos assistenciais de acordo com suas datas de realização, e não de pagamento, como até então era feito. Estes ajustes se somaram a determinações de ajustes da mesma natureza feitas pelo Diretor Fiscal e pela Diretoria de Normas e Habilitação de Operadoras (DIOPE) da ANS, criando a necessidade de uma revisão dos números de 2014 e a consequente republicação dos Demonstrativos Econômico-Financeiros daquele exercício junto com os de 2015.

Como resultado de todas estas mudanças, o ano de 2014 passa a ter um prejuízo contábil de R$ 578 milhões, fruto de destas novas formas de contabilização dos custos assistenciais, em especial do sistema de intercâmbio. Por outro lado, estas adequações somadas às ações realizadas pela gestão da cooperativa, culminaram no início da reversão do quadro econômico-financeiro com a apresentação de um resultado positivo em 2015.